terça-feira, 15 de março de 2011

Cuidado na hora de selecionar pessoal para condominios

A tranquilidade dos moradores de um condomínio não se dá apenas pela segurança eletrônica, mas também pelo conjunto de pessoas que nele prestam serviço. A presença de funcionários circulando nas áreas comuns e até nos apartamentos é motivo de atenção permanente entre os condôminos. Por isso, o recrutamento e seleção de pessoal para trabalhar em prédios residenciais e condomínios-clube devem seguir critérios que possibilitem avaliar os candidatos às vagas de zeladores, porteiros, vigias e diaristas.

Segundo a psicóloga e analista de Recursos Humanos do Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE), Patrícia Farias, a seleção de candidatos para atuarem como funcionários de um condomínio, independentemente da função, passa por várias etapas. Primeiro o currículo dos candidatos passa por uma triagem de acordo com o perfil solicitado pelo síndico. Caso a vaga seja para porteiro do sexo masculino, com idade entre 35 e 50 anos, os que estiverem abaixo ou acima dessa faixa etária são imediatamente descartados e assim por diante.

Após essa fase, são aplicados o teste psicológico - que avalia o equilíbrio e estabilidade ou a instabilidade emocional e o relacionamento interpessoal do concorrente à vaga -, e o teste palográfico. “Nesse último são avaliados traços da personalidade do candidato para identificar a produtividade, se ele possui alta agressividade ou autoagressividade, por exemplo”, explica a analista.

Na busca pelo melhor profissional, a entrevista pode ser determinante. “A apresentação pessoal e a maneira como a pessoa se porta é muito importante, principalmente no caso do porteiro, que é o cartão de visita do prédio”, justifica. Ter os dentes bonitos e compreender com clareza as perguntas que são feitas também são pontos positivos. “Tem síndico que exige que o candidato tenha desenvoltura”, acrescenta a analista, que chama a atenção para o fato de pessoas que procuram um emprego nessa área vestidas de qualquer forma.

“Quando alguém chega com a barriga de fora ou de bermuda, denota pouco discernimento de atitude profissional”, revela Patrícia, que confessa: “No caso de um candidato que tem um bom currículo e experiência, eu dou uma ajuda; oriento a pessoa para que cuide da aparência, quando for o caso, e depois faço e encaminhamento para o condomínio solicitante”.

A redação, apesar de ser um teste simples, revela muito do futuro profissional. Segundo Patrícia, é através dela que se mede o nível cultural do candidato. “Alguns escrevem bem, mas só falam sobre eles mesmos, os lugares por onde passaram, enquanto outros falam sobre as suas pretensões, por exemplo, dizem que querem a vaga, mas pretendem crescer, continuar estudando e mudar de profissão. Isso conta muito”.

Também são exigidos dos zeladores boa escrita e compreensão. “Quem fica na portaria deixa por escrito o registro das ocorrências durante o plantão. Quando o porteiro adoece ou precisa se ausentar, na maioria das vezes, é o zelador do prédio que vai assumir o posto. Se ele não sabe escrever bem, acaba comprometendo toda a rotina da portaria”, conclui a psicóloga.

Matéria Laiziane Soares

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